EXPOSIÇÃO VIRTUAL

Em 30 de janeiro de 1933, Adolf Hitler foi nomeado chanceler da Alemanha. Era o início do regime nazista. Nos anos seguintes, ele e o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (conhecido como Partido nazista) implantaram uma ditadura, perseguiram opositores políticos, provocaram a 2ª Guerra Mundial e assassinaram milhões de pessoas.

O Holocausto, no entanto, não foi obra somente de lideranças políticas extremistas, mas também de cidadãos comuns: pessoas que colaboraram ou consentiram com as atrocidades e, ainda antes de 1933, votaram no partido nazista. Afinal, nas eleições de julho de 1932, esse partido – que até poucos anos antes era uma pequena agremiação de extrema-direita com pouquíssima força eleitoral – obtivera 37% dos votos e formara a maior bancada do parlamento alemão. Em novembro do mesmo ano, apesar da redução para 33%, manteve o primeiro lugar. Apresentando-se para as até então receosas elites políticas como o único capaz de colocar ordem, formar uma coalização de governo com apoio popular e conter o avanço de partidos revolucionários, Hitler obteve sua nomeação para chanceler dentro da legalidade.

Para compreender como o Holocausto foi possível, não basta olhar somente para os campos de concentração ou seu símbolo máximo, Auschwitz. O nazismo se ancora em ideias e práticas que já circulavam muito antes. Esta, portanto, não é uma exposição sobre o Holocausto, mas sobre suas condições de possibilidade.

1

IMPERIALISMO: UM LABORATÓRIO DO IDEÁRIO NAZISTA

Cartão postal, Deutsch-Südwestafrika (Namíbia), 1912.
Mapa Herero Land. Reino Unido, 1885.
Livro Was Deutschland an seinen Kolonien verlor, Alemanha, 1925.
Livro Kolonien – ein Kraftfeld Großdeutschlands. Alemanha, 1941.

2

1ª GUERRA MUNDIAL: RESSENTIMENTOS E IDEALIZAÇÕES

Cédula de 10 marcos. Alemanha, 1920.; Cédula de 50 mil marcos. Alemanha, 1922.; Cédula de 1000 marcos. Alemanha, 1922.; Cédula de 500 mil marcos. Alemanha, 1923.
Bolsa militar de Hugo Zamory, década de 1910.
Cruz de Honra da 1ª Guerra Mundial de Emil Weinhausen, 1934.

3

O CALDO TEÓRICO DO NAZISMO: EUGENIA, RACISMO CIENTÍFICO E NACIONALISMO ÉTNICO

Livro Armin der Befreier. Alemanha, 1929.
Livro “Vom Vater hab’ ich die Statur: Erbgesundheitspflege für Schule und Volk”. Alemanha, 1937.
Folha do questionário do Rasse- und Siedlungshauptamtes der SS. Alemanha, 1938.
Carta genealógica de Anna Goldschmidt. Alemanha, 1941.     

4

A REPÚBLICA DE WEIMAR: SUA FRÁGIL DEMOCRACIA E TENDÊNCIAS AUTORITÁRIAS

Selo comemorativo do 12° aniversário do Putsch de Munique. Alemanha, 1935.
Livro Mein Kampf. Alemanha, 1934.
Página do livro “Deutschland Erwacht” [A Alemanha desperta]. Alemanha, 1933

5

“O QUE PODERIA TER SIDO”: A PLENITUDE DA VIDA JUDAICA NA REPÚBLICA DE WEIMAR

Cartão de Rosh Hashaná. Schoppinitz, Alemanha (atual Szopienice-Burowiec, Polônia), 1911.
Livro litúrgico Festgebete der Israeliten. Áustria, 1929.
Cartão Tischlein, deck dich. Alemanha, anos 1920 ou 1930.

6

O BRASIL DIANTE DA ASCENSÃO DO NAZISMO: RESISTÊNCIA E NORMALIZAÇÃO

Jornal “Diário da Tarde”. Curitiba, Brasil, 31 de janeiro de 1933.
Livro “Minha Luta”. Brasil, 1934.
Livreto “Em Legítima Defesa”. Curitiba, Brasil, 1937.

Créditos

Janeiro 2023

Realização
Associação Casa de Cultura Beit Yaacov
Museu do Holocausto de Curitiba
Presidente
Miguel Krigsner

Coordenação-Geral
Carlos Reiss

Pesquisa e Redação
Isabella Lopes
Michel Ehrlich

Revisão
Laura Nicolli

Concepção de Arte
LeiteQuente – Comunicação e Provocação

Fotografias
Gero Hoffmann

Hotsite
CallComplete

Fotos históricas
United States Holocaust Memorial Museum, Photo Archives
Instituto Cultural Judaico Brasileiro Bernardo Schulman

Agradecimentos

Avraham Milgram (Tito), Brenda Degger, Dagmar Suliane Bolliger, Edith Nekrycz Wertzner, Elizabeth Goldschmidt Tremaine, Eloiza Vasconcelos, Fernando Brafmann, Isabela Brasil Magno, Jaime Ingberman, Manuel Piterman, Maria Lucia Voitech Neumann, Michael Leipziger, Michel Ehrlich, Roberto Brafmann, Ronald Krakauer Z”L, Telmo Giolito Porto.