Criados a serviço do Departamento Pedagógico, os Cartões de Divulgação (chamados também de “passaportes”) foram inspirados em um projeto do United States Holocaust Memorial Museum, em Washington, nos Estados Unidos. Desenvolvidos a partir de entrevistas, relatos orais ou memórias escritas, os cartões de identificação descrevem experiências de adultos e crianças que foram confinados em guetos e campos, bem como os que se esconderam ou fugiram. 

Na instituição norte-americana, ao adentrarem a mostra permanente, todos os visitantes possuem à disposição cerca de 600 cartões contendo trajetórias individuais de vítimas do Holocausto: cerca de metade deles, sobreviventes. Ao caminhar pelas salas da exposição, os visitantes são orientados a passar as páginas, atingindo o desfecho do seu personagem.

No Museu do Holocausto de Curitiba, o projeto recebeu adaptações voltadas exclusivamente a estudantes e a educadores. Os cartões são distribuídos e utilizados pela equipe de Mediação Educativa durante a visita dos grupos escolares ao Museu.  As histórias escolhidas são restritas de vítimas crianças ou adolescentes, além de possuírem relação direta com o Brasil – sendo sobreviventes ou familiares. Além de personificar o genocídio, a ferramenta reforça as noções de empatia e de alteridade.