PUBLICAÇÕES
Desde a inauguração, o Museu do Holocausto de Curitiba tem fomentado e apoiado a publicação de obras inéditas, sejam escritas ou audiovisuais, incluindo sobre temas como tolerância e direitos humanos. Abaixo, a relação de livros lançados com o selo do Museu, que garante tanto o suporte quanto a chancela intelectual de cada um dos trabalhos.
Resultado de 11 anos de pesquisa, apresenta uma coleção dos “conceitos próprios ou do grupo de pesquisa”, criados para a melhor compreensão da realidade revelada por pesquisas relativas ao Preconceito na Escola. A função precípua do livro foi a de reunir lembranças que não permitam jamais esquecer ou naturalizar a violência, banalizando-a. É, portanto, uma contribuição para o debate das questões escolares, mas também das questões sociais que exigem as atenções da sociedade contemporânea.
Para citação: BAIBICH, T. M. Preconceito e Escola: vocabulário de conceitos e palavras-chave. Ijuí: Unijuí, 2012.
Ano: 2018
Wladyslaw Szlengel foi um poeta judeu-polonês nascido em Lodz. Suas canções escritas em polonês eram muito populares no gueto de Varsóvia. Elas expressavam seus pensamento e estados de espírito, sendo recitadas em diferentes apresentações e circulavam em cópias de máquina de escrever ou hectográficas. Apesar de sua pouca qualidade artística, gozavam de popularidade e comoviam até às lágrimas, pois expressavam aqueles tempos, falavam de coisas com as quais o gueto vivia e que apaixonadamente comentava. Ler a poesia de Szlengel é lembrar – e a memoria é um imperativo para que jamais deixemos acontecer novamente.
Para citação: SZLENGEL, Wladyslaw. A janela para o outro lado. Poemas do Gueto de Varsóvia. [Por Piotr Kilanowski]. Fortaleza: Dybbuk, 2018. Poesia. Organização e notas de Piotr Kilanowski.
Adaptação de sua tese de pós-doutorado na Universitat Autònoma de Barcelona, o livro analisa obras artísticas, dos mais diversos locais, que têm a Shoá como tema. As imagens, procedentes de registros arquivísticos e do ensejo das formas artísticas (filme e fotografia), são pontos centrais nessa discussão. Elas não podem ser interrompidas jamais, e devem seguir insurgindo com força quando se discutem as ressonâncias imagéticas no espaço fílmico e fotográfico sobre o Holocausto. No caso deste livro, elas são centrais, como gestos em constante urgência de ressignificação, para se lutar contra todas as formas de apagamento.
Para citação: TEIXEIRA, Rafael Tassi. Arte e holocausto: da produção da memória à escrita fílmica e fotográfica nas representações sobre Auschwitz. Porto Alegre: Sulina, 2019.
A construção da memória do Holocausto é um processo complexo. Passo a passo, um legado ético vem sendo criado e perpetuado. Educar sobre a Shoá nos aproxima da missão de assimilar suas lições. Para isso, é preciso discutir. Que memória queremos construir? Como transmití-la aos jovens? O Holocausto pode ser um precedente ou uma advertência. É nosso dever assegurar de que seja um alerta e de que não volte a acontecer. Muito se pergunta por que falamos tanto sobre este genocídio. Na verdade, a pergunta deveria ser: por que falamos tão pouco?
Para citação: REISS, Carlos. Luz sobre o caos: educação e memória do Holocausto. Rio de Janeiro: Imprimatur, 2018.
A carreira literária da judia polonesa Irit Amiel começou bastante tarde, apenas em 1994, com a coletânea de poemas de língua hebraica, ‘Exame do Holocausto’. Nos anos seguintes passaria a escrever poesia e prosa em língua polonesa, sempre a respeito dos temas da Shoah e da sua condição de sobrevivente do Holocausto. Nascida em Czestochowa, em 1931, escapou do gueto e, com documentos falsos e a ajuda de poloneses católicos, sobreviveu a Shoá. Depois da guerra, conheceu Itzak Cukierman e emigraram para Israel. Lá, viveu inicialmente em um kibutz e, depois, em Tel Aviv.
Para citação: AMIEL, Irit. Não cheguei a Treblinka a tempo / Nie zdążyłam do treblinki na czas. [Por Piotr Kilanowski]. Curitiba: Dybbuk, 2019. Poesia.
O estudo comparativo da reação das sociedades civis da América Latina, Espanha e Portugal ao genocídio judicial é um campo que ainda não foi abordado. A singularidade deste livro coletivo reside na diversidade de regimes políticos e sociedades, bem como na abordagem interdisciplinar de sua pesquisa. O resultado é uma rica contribuição para o conhecimento histórico do Holocausto na América Latina, bem como a desmistificação de vários estereótipos que se cristalizaram no imaginário e na memória de várias gerações.
Para citação: MILGRAM, Avraham; SENKMANN, Leonardo (eds.). Cultura, ideología y fascismo: sociedad civil iberoamericana y Holocausto. Madrid: Vervuert, 2020.